
A imagem apresenta a famosa fotografia com a qual o fotógrafo Kevin Carter ganhou o Prémio Pulitzer de foto-jornalismo, em 1994, tirada em Ayod, uma pequena aldeia do Sudão. A imagem retrata a figura esquelética de uma menina totalmente desnutrida, enquanto em segundo plano, surge a figura negra e expectante de um abutre que se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da "sua presa".
Kevin disse que esperou vinte minutos para que o abutre fosse embora, mas isso não aconteceu. Então rapidamente tirou a foto e perseguiu o abutre para afastá-lo dali.
Entretanto, foi criticado por somente ter fotografado e não ter ajudado a menina.
Kevin Carter escreveu, logo depois de ganhar o prémio pela foto, que o ser humano também é o próprio abutre da cena. Quatro meses depois, deprimido pela culpa de não ter ajudado a menina a salvar-se do abutre e, também, conduzido por uma forte dependência de drogas, suicidou-se.
"Afinal sou um Ser Humano ou um Abutre?"
Este Prémio atribuído a Kevin Carter, leva-me a reflectir sobre estes seres repugnantes que fazem da miséria dos outros o seu dia-a-dia.
É degrante admitir em pleno século XXI, que realidades como esta sejam premiadas, quando não existiu solidadriedade perante o artista e o personagem da sua foto. Por esta razão Kevin Carter não é digno de ser chamado HUMANO, pois constata-se que é um ser vazio de sentimentos de entre-ajuda e de solidariedade perante o seu semelhante.
Kevin Carter e outros como ele devem ser condenados pela mais importante das violações: A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS.
Todos temos o direito á vida.
Em situações como a que a foto reporta, a simples entre-ajuda poderia ter dado a esta criança tempo. Tempo afinal foi o que houve em excesso para todos os intervenientes directos da imagem. O abutre e o fotógrafo tiveram tempo para observar e escolher a melhor altura para atacar e capturar, mas a menina apenas teve tempo para sentir a morte trazida pela fome e a tentativa de resistência e só não teve tempo para observar.
Ora tais comportamentos atestam que se tratou de ambição, indiferença e egoísmo, ou seja, foi tudo uma questão de subrevivência, a lei do mais forte, em que o elo mais fraco é o único a quem será digno de ser lembrado e chamado SER HUMANO.
Face a estes factos, concluo que atitudes como as de Kevin Carter são inaceitáveis quer aqui ou na China. A fome, a desigualdade e a indiferença devem ser erradicadas da face do mundo.
Devemos lutar pela igualdade, pelo direito á educação, á alimentação, enfim, aos direitos básicos essenciais .
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